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Checklist de preparação 2026: o que as empresas precisam ajustar agora com a chegada da Reforma Tributária

Atualizado: há 2 dias

A contagem regressiva para o novo sistema tributário começou

 

A Reforma Tributária entrará em sua fase prática de implementação a partir de janeiro de 2026. Mesmo sendo o primeiro ano de testes sem recolhimento efetivo, ele é crucial para ajustes tecnológicos, contábeis e operacionais.


A hora de agir é agora, antes que o teste se torne cobrança real: o novo modelo tributário é digital, automatizado e transparente

 

Esse período marcará a convivência entre o sistema atual (PIS, COFINS, ICMS e ISS) e os novos tributos — CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) — até a conclusão da migração, prevista para 2033.


Para as empresas, 2025 é o ano da preparação técnica e operacional, e o sucesso dessa transição depende de ajustes antecipados em sistemas, processos fiscais, estoques e equipes.

 

Empresas que não se prepararem agora enfrentarão riscos de erros fiscais, bloqueio de notas e inconsistências nos créditos.

 

O que muda em 2026

 

O ano de 2026 será o “ano zero” do novo sistema. As empresas deverão emitir notas fiscais com destaque da CBS (0,9%) e do IBS (0,1%), mas sem recolher os valores, desde que cumpram as obrigações acessórias corretamente.

 

De acordo com o art. 178 da LC nº 214/2025, a transição começa com:

 

  • Cobrança simultânea dos novos tributos (IBS/CBS) e redução gradual dos antigos;

  • Início da apuração eletrônica integrada, com base nos Documentos Fiscais Eletrônicos (DF-e);

  • Implementação dos módulos RTC (Reforma Tributária do Consumo), conforme as Notas Técnicas 2025.001 (CT-e) e 2025.002 (NF-e / IBS / CBS / IS);

  • Testes do sistema de split payment (pagamento automático de tributos).

 

💡 Objetivo: testar sistemas, cruzamentos e cadastros para garantir o pleno funcionamento quando a cobrança começar de fato, em 2027. O momento de ajustar as rotinas internas é agora, antes que as mudanças se tornem obrigatórias.

 

Checklist de adequação: o que fazer agora com a chegada da Reforma Tributária

 

A Simeona Consultoria preparou um checklist completo para ajudar empresas a se adequarem  à Reforma Tributária antes de 2026. Os ajustes estão divididos em quatro áreas principais: ERP e sistemas fiscais, processos internos, documentação eletrônica e planejamento tributário.

 

🖥️ 1. ERP e sistemas fiscais

 

Ação

Descrição

Status

🔹 Atualizar ERP para o

modelo CBS/IBS

Verifique se o sistema contempla campos e

alíquotas dos novos tributos.

🔹 Integrar ERP ao SPED e Split Payment

Prepare a integração para o sistema de

pagamento automático de tributos.

🔹 Parametrizar

CFOPs e CSTs novos

Ajuste códigos fiscais conforme instruções

da Receita Federal.

🔹 Simular faturamento com CBS/IBS

Teste notas fiscais com destaque dos

tributos para validar XML.

 

📘 Dica: os principais fornecedores de ERP já estão liberando módulos CBS/IBS beta; valide com sua TI o cronograma de atualização.

 

📦 2. Estoque e logística

 

Ação

Descrição

Status

🔹 Revisar cadastro

de produtos

Classifique itens segundo as novas tabelas

de NBS/NCM.

🔹 Atualizar preços

e margens

Simule preços líquidos com base em

Alíquotas de referência.

🔹 Revisar substituição

tributária

Identifique itens que deixarão de ter ST

a partir de 2029.

💡 Importante: a não cumulatividade plena mudará a composição de custo — o imposto não será mais parte do preço.

 

 🧾 3. Emissão de notas fiscais

 

Ação

Descrição

Status

🔹 Destacar CBS e IBS nas NF-e

CBS (0,9%) e IBS (0,1%) devem constar nas operações em 2026.

🔹 Incluir CPF/CNPJ do comprador

Necessário para cashback e

rastreabilidade fiscal.

🔹 Validar XML com regras da Receita

Erros de schema bloquearão o crédito

do adquirente.

 

📜 Referência legal: art. 348, §1º, LC nº 214/2025 – notas fiscais com destaque obrigatório durante o período de testes.

 

💰 4. Planejamento financeiro e tributário

 

Ação

Descrição

Status

🔹 Recalcular capital

de giro

O split payment (a partir de 2027) reduzirá o caixa disponível.

🔹 Mapear créditos

tributários

Identifique créditos acumulados para

compensação futura.

🔹 Treinar equipe fiscal e contábil

Atualize sobre crédito financeiro, split payment e IBS destino.

 

💬 Dica Simeona: em 2026, use os testes para cruzar dados de faturamento e crédito e detectar inconsistências antes da obrigatoriedade real.

 

Principais erros a evitar em 2026

 

🚫 Não atualizar o ERP: sistemas antigos não reconhecerão o layout de NF com CBS/IBS.

🚫 Ignorar o CPF nas vendas: isso compromete o cashback e o cruzamento de dados.🚫 Não revisar CFOPs: operações interestaduais exigirão novos códigos e regras de destino.

🚫Deixar para 2027: quando o split payment começar, o erro custará caixa e conformidade.

 

Benefícios da preparação antecipada

 

Empresas que iniciarem a transição ainda em 2025 terão:

 

·    Operações testadas e validadas com Receita e Comitê Gestor do IBS.

·    Maior precisão de créditos e débitos com o crédito financeiro integral.

·    Fluxo de caixa previsível quando o split payment entrar em vigor.

·    Menor risco de autuações no início da cobrança efetiva.

 

📈 Resultado esperado: redução de até 30% no tempo médio de fechamento contábil e eliminação de inconsistências fiscais.

 

O cronograma de ações recomendado

 

Período

Ação principal

Resultado esperado

Outubro–Dez/2025

Revisão de cadastros e testes de DF-e

Emissão compatível com RTC

Janeiro/2026

Entrada do sistema paralelo (CBS/IBS + atuais tributos)

Início da transição

segura

2026–2027

Ajustes fiscais e financeiros

Apuração consolidada e

crédito eficiente

2028–2033

Substituição completa do sistema anterior

Operação 100% sob CBS/IBS

 

Conclusão: 2026 será o ensaio geral do novo sistema

 

A transição para o modelo CBS + IBS é inevitável e, em 2026, o Brasil inicia sua fase de validação sistêmica. O sucesso na transição para o modelo CBS/IBS depende de planejamento antecipado.


Empresas que iniciarem a adequação ainda em 2025 terão vantagem operacional, evitando interrupções nas emissões fiscais, perdas de crédito e impactos no caixa. Empresas preparadas terão segurança jurídica, previsibilidade e eficiência operacional.

 

A hora de agir é agora, antes que o teste se torne cobrança real: o novo modelo tributário é digital, automatizado e transparente — e exige que a tecnologia e a gestão fiscal caminhem lado a lado.

 

A sua empresa está se preparando adequadamente para as mudanças decorrentes da reforma tributária? Garanta que sua empresa esteja pronta para a transição e evite surpresas no novo modelo IBS/CBS.

 

 

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